Licenciaturas ganham capítulo especial no Mapa do Ensino Superior

Nova edição da publicação do Semesp traz pesquisa inédita que revela: 79,4% dos docentes já pensaram em desistir da profissão 

Publicado em 18/04/2024

por Sandra Seabra Moreira

Licenciaturas ganham especial em documento do Semesp

Novo Mapa do Ensino Superior será lançado em maio

   

O Semesp lançará no dia 8 de maio a 14ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil com dados do ensino superior público e privado de todos os estados do Brasil, nas modalidades presencial e EAD. Nota da entidade antecipa que o número de ingressantes voltou a crescer nos cursos presenciais. 

A edição trará capítulo especial sobre os cursos de licenciaturas, com a pesquisa inédita Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, que  revela: 79,4% dos docentes já pensaram em desistir da profissão. Os dados serão acompanhados por análises de especialistas em educação superior. As licenciaturas representam 17,7% do total das matrículas do ensino superior, cerca de 1,7 milhão de alunos. 

O evento de lançamento, para associados, será presencial, com apresentação e análise de dados por Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp. 

Para se inscrever, acesse.

MEC institui GT para a criação da Universidade Indígena 

O Ministério da Educação (MEC) pretende criar a Universidade Indígena e, para isso, instituiu o Grupo de Trabalho (GT) por meio de portaria publicada ontem, dia 17 de abril, no Diário Oficial. O GT realizará debates e estudos técnicos e terá na sua composição os representantes das seguintes secretarias: Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), Educação Superior (Sesu), Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).   

Rosilene Araújo Tuxá, coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena da Secadi, afirma que “a educação escolar indígena tem uma legislação própria e garante os processos societários de bem viver desses povos, a alfabetização nas línguas indígenas, o processo de ensino-aprendizagem no bilinguismo e multilinguismo e a valorização da interculturalidade dos povos indígenas em seus contextos territoriais”. 

Em relação à universidade, conta que “os cursos implantados devem ter o olhar para o meio ambiente, para os projetos de bem viver e para o potencial dos territórios. Os cursos de Direito, por exemplo, devem valorizar de fato a legislação dos direitos dos povos indígenas. Os cursos da Saúde devem passar pelo bem viver e modo como os povos indígenas pensam a saúde, com uma saúde e uma educação ambiental territorializadas, para que de fato esses cursos pensem a partir da realidade dos povos indígenas”. 

Lembrete

A microcertificação e sua importância entre os recrutadores e os que buscam uma vaga no mercado de trabalho têm impactado as IES e  transformado metodologias e currículos. O empenho das IES por colocar seus alunos  no mercado de trabalho é mundial. Essa responsabilidade tornou-se vital e a empregabilidade deve compor a cesta de indicadores para avaliação das instituições brasileiras. 

Revisitar a definição das microcertificações pode contribuir para que esse documento tão desejado não perca sua essência. De acordo com a proposta da Unesco, em estudo intitulado Towards a common definition of micro-credentials, a microcertificação é “um registro de realização de aprendizado específico que verifica o que o aluno sabe, entende ou pode fazer; inclui avaliação baseada em padrões claramente definidos e é concedida por um agente  confiável; tem valor autônomo e também pode contribuir ou complementar outras microcertificações  ou macrocertificações, inclusive por meio do reconhecimento de aprendizado anterior; além disso, atende aos padrões de qualidade exigidos”.

Garotas criativas

Manuela Pellegrini

Manuela Pellegrini Taddeo, do Instituto Europeu di Design, IED, também vai a Los Angeles, representar o Brasil na competição internacional (fotos: divulgação)

Maria Eduarda da Silva tem 21 anos, mora em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre e é formada em comunicação visual pelo SENAI Artes Gráficas, onde atualmente estuda design digital. Manuela Pellegrini Taddeo, de 20 anos, mora em São Paulo, capital, e está no 5º semestre do curso de design gráfico e digital no Instituto Europeu di Design, IED. 

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Maria Eduarda, do SENAI Artes Gráficas de Porto Alegre, é finalista no Certiport’s Adobe Certified Professional World Championship (foto: divulgação)

Elas são as finalistas na seletiva brasileira do campeonato dos alunos mais criativos do mundo realizado pela Adobe. As duas seguirão em julho para Los Angeles, EUA, para a final do Certiport’s Adobe Certified Professional World Championship, o campeonato mundial dos alunos criativos com tecnologias Adobe Illustrator ou Photoshop. 

Maria e Manuela concorreram com outros 150 alunos, de 15 estados brasileiros, entre 16 e 22 anos. Na competição, a tarefa era, em três horas, desenvolver um projeto para a ONG Grupo Brasil Vida, que desde 1997 atua nos direitos das pessoas idosas. 

“Agora começamos todo um trabalho de preparação do nosso time, desde processos burocráticos como passaportes e vistos, até uma verdadeira preleção para que cheguemos aos EUA competitivos e mantenhamos nosso destaque internacional, já que o Brasil só participa da competição há três anos e sempre esteve no pódio entre os três primeiros colocados”, explica Álvaro Venegas, fundador e CEO da ENG DTP & Multimídia que foi quem trouxe para o Brasil a competição que já acontece há quatro anos com participação do país, e que começou internacionalmente em 2009.

Em 2021, Gustavo Oliveira, de Goiânia (GO), foi o vice-campeão mundial entre representantes de 80 países. Manoela Campos, de Porto Alegre (RS), também foi vice colocada geral, em 2022. E ano passado o Brasil conquistou mais um pódio, desta vez com Egberto Oliveira, de Maceió (AL), na 3ª posição geral da competição entre 164 criativos de 82 países.

Faculdades perguntam como a vida doméstica afeta os estudos

Em 2022, um grupo de 12 faculdades dos EUA pediu a todos os candidatos que analisassem uma lista de circunstâncias ou responsabilidades extenuantes que realizam em casa. Em 2023, foram 23 faculdades

Publicado em 18/04/2024

por Ensino Superior

Pesquisa EUA

Se um aluno está tirando boas notas apesar de ser responsável pelos irmãos, isso pode significar que ele é ainda mais talentoso academicamente do que um colega que não tem esses encargos

   

Por Olivia Sanchez, do The Herchigher Report: As pessoas que leem as inscrições para as faculdades são muito parecidas com detetives. Sem ter participado do evento (a educação e a vida do aluno no ensino fundamental e médio), elas precisam encontrar pistas em documentos (históricos escolares do ensino médio e redações de alunos) e relatos de testemunhas oculares (cartas de recomendação) para solucionar o caso (decidir se o aluno poderá ter sucesso na faculdade).

Mas, mesmo com os extensos formulários de inscrição que cada aluno envia, os detetives (leitores de formulários de inscrição em faculdades) precisam ler muito nas entrelinhas, disse Tim Brunold, reitor de admissão da University of Southern California.

As pistas que eles têm sobre como os alunos passam seu tempo fora da escola geralmente se limitam a uma lista de equipes esportivas das quais foram capitães, clubes dos quais participaram, trabalho voluntário que fizeram e prêmios que ganharam. No entanto, os leitores dos formulários de inscrição geralmente não têm informações importantes sobre outras responsabilidades ou circunstâncias da vida que os alunos possam ter, como cuidar de irmãos ou familiares doentes, trabalhar em empregos de meio período para ajudar a pagar as contas da família ou morar em uma casa sem conexão estável com a Internet.

E a falta de pistas muitas vezes significa que a inscrição de um aluno não é avaliada de forma justa. Se um aluno está tirando boas notas apesar de ser responsável pelos irmãos desde o final da escola até a hora de dormir, isso pode significar que ele é ainda mais talentoso academicamente do que um colega que não tem esses encargos.

Um experimento

Para preencher essa lacuna e mostrar aos futuros alunos que essas responsabilidades são importantes, um grupo de 12 faculdades participou de um experimento no qual pediram a todos os candidatos que analisassem uma lista de circunstâncias ou responsabilidades extenuantes da vida doméstica e marcassem com quais delas eles gastam quatro horas ou mais por semana.

“Queremos que esses jovens recebam crédito por essas coisas que exigem muitas habilidades e muito tempo, da mesma forma que os jovens que realizam atividades extracurriculares tradicionais baseadas na escola recebem crédito”, disse Trisha Ross Anderson, diretora de admissão em faculdades do projeto Making Caring Common da Escola de Pós-Graduação em Educação da Universidade Harvard, que ajudou a desenvolver as perguntas do Common App. (A ideia estava em desenvolvimento antes de a Suprema Corte decidir que a raça não poderia ser considerada nas decisões de admissão.)

“Queremos que seja mais fácil para os alunos relatarem essas informações e falarem sobre elas. Se os alunos não quiserem escrever uma redação sobre isso, por exemplo, não precisarão fazê-lo.”

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Para agilizar e simplificar o processo para os futuros alunos e evitar que os leitores dos formulários de inscrição tenham de bancar o detetive enquanto tentam descobrir se “há algo mais acontecendo com esse garoto”, eles acrescentaram essa pergunta opcional ao Common App:

Às vezes, os registros acadêmicos e as atividades extracurriculares são afetados por responsabilidades familiares ou outras circunstâncias. Gostaríamos de saber sobre essas responsabilidades e circunstâncias. Suas respostas não afetarão negativamente sua inscrição. Você pode repetir algumas informações que já forneceu na seção Atividades do Common App.

Selecione as atividades que você passa 4 ou mais horas por semana fazendo:

• Ajudar familiares ou membros da família em situações como consultas médicas, vi– sitas a bancos ou entrevistas para obtenção de visto;

• Tarefas para minha família ou casa (cozinhar, limpar, lavar roupa, etc.);

• Vivenciando a falta de moradia ou outra situação de vida instável;

• Interpretar ou traduzir para familiares ou membros da família;

• Viver em um ambiente sem internet confiável;

• Viver de forma independente ou por conta própria (não incluindo internato);

• Administrar as finanças da família ou da casa, o orçamento ou pagar contas;

• Fornecer transporte para familiares ou membros da família;

• Cuidar de membros doentes, deficientes e/ou idosos da minha família ou da minha casa;

• Cuidar de membros mais jovens da família ou da casa;

• Cuidar de meu próprio filho ou filhos;

• Trabalhar em um emprego remunerado para contribuir com a renda de minha família ou domicílio;

• Trabalho no quintal/trabalho na fazenda;

• Outros (favor descrever);

• Nenhum desses.

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Nas 12 faculdades, 66% dos alunos que se candidataram a essas faculdades usando o Common App marcaram pelo menos um campo, de acordo com Karen Lopez, que gerencia esse projeto no Common App. Um quarto dos alunos em potencial marcou quatro ou mais caixas.

No outono de 2022, essas 12 faculdades incluíram a pergunta no Common App: Amherst College, Caltech, Cornell University, Harvey Mudd College, St. Olaf College, Transylvania University, University of Arizona, University of Dubuque, University of Maryland-Baltimore County, University of Pennsylvania, University of Southern California e Worcester Polytechnic Institute.

No outono de 2023, 23 faculdades acrescentaram a pergunta: Allegheny College, Amherst College, Bard College at Simon’s Rock, Boston College, Caltech, College of Saint Benedict e Saint John’s University, College of the Holy Cross, Cornell University, Earlham College, Elon University, George Washington University, Harvey Mudd, Haverford College, Immaculata University, Lafayette College, Maryland Institute College of Art, Nazareth University, Providence College, University of Pennsylvania, University of Richmond, University of Rochester, University of Southern California e Worcester Polytechnic Institute.

Ross Anderson disse que os dados do segundo ano começarão a ser processados nos próximos meses. Ela disse que eles também planejam analisar como essa pergunta afetou as admissões e matrículas, mas só poderão examinar isso no final do verão. Lopez disse que esses são alguns dos fatores que ajudarão a decidir se essa pergunta deve se tornar uma parte regular do Common App.

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Brunold, da USC, disse que as pessoas que leem os formulários de inscrição para as faculdades estão tentando ter uma “visão de 360 graus desse jovem que muitas vezes está expondo sua alma para você”, sem conhecê-lo pessoalmente. Dar aos alunos a oportunidade de compartilhar informações sobre suas vidas dessa forma ajuda as faculdades a fazer uma avaliação mais completa.

“Para nós, em um lugar que infelizmente não tem a capacidade de admitir nem perto do número de alunos que querem vir para cá, tomamos muito cuidado nesse processo”, disse Brunold.

Whitney Soule, vice-reitor e decano de admissões da Universidade da Pensilvânia, disse que fazer essa pergunta e captar uma visão mais ampla da vida dos alunos pode ajudar a nivelar o campo de jogo para candidatos de diferentes origens.

“O que estamos tentando fazer é entender como o aluno está se movendo ao longo de sua vida, qual é o seu comprometimento de tempo e sua responsabilidade, e sua consciência de si mesmo em relação a outras pessoas”, disse Soule. “Porque isso será extremamente importante em nosso ambiente quando eles chegarem ao campus e estiverem vivendo e aprendendo na comunidade de nossa escola.”

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